Todas as estratégias empresariais são muito importantes para manter o equilíbrio financeiro do negócio, e um grande exemplo dessas medidas são os indicadores de liquidez: ferramentas capazes de analisar a capacidade que os ativos têm de serem transformados em dinheiro, sem perder o seu valor.
Nesse sentido, entender como funcionam os indicadores de liquidez e os seus tipos é essencial para conseguir administrar uma empresa com segurança e eficiência.
Pensando nisso, elaboramos este artigo com as principais informações sobre os 4 indicadores de liquidez que você precisa acompanhar.
Vamos saber mais sobre? Então, continue a leitura!
Resgatando conceitos
Antes de mais nada, vamos reforçar alguns conceitos importantes para alinharmos todo o conteúdo que será considerado neste artigo.
- Ativo circulante: bens disponíveis ou bens a receber em um curto prazo, como aplicações inferiores a 1 ano, estoques de matéria-prima, contas a receber de curto prazo (inferior a 1 ano), entre outros;
- Ativo não circulante: bens que, ao contrário do ativo circulante, só poderão ser transformados em dinheiro em um longo prazo (isto é, superior a 1 ano);
- Realizáveis a longo prazo: índice que faz parte do ativo não circulante e está relacionado com as contas a receber em longo prazo (superior a 1 ano);
- Passivo circulante: dívidas ou compromissos exigíveis a curto prazo (inferior a 1 ano);
- Exigíveis a longo prazo: ao contrário do tópico acima, são as obrigações da empresa que serão liquidadas a longo prazo (superior a 1 ano).
Agora que você já relembrou os conceitos acima, podemos seguir com o artigo de forma completa e alinhada. Então, acompanhe a leitura!
Você mais conceitos em: Termos financeiros: conheça os mais utilizados
O que são os indicadores de liquidez?
Falar sobre o significado de liquidez é essencial para entendermos melhor os seus 4 tipos. No geral, o termo está relacionado com a capacidade de um ativo ser transformado em dinheiro, sem perder o seu valor. Por isso, dizemos que quanto mais alta for a liquidez, mais facilidade você terá de vender e converter em dinheiro.
No mundo empresarial, os ativos são utilizados para manter a resistência de uma empresa, além de criar ou manter uma proteção patrimonial. Quando falamos de investimentos, por outro lado, os ativos são ações ou títulos públicos.
Dessa forma, podemos relacionar os indicadores de liquidez com índices financeiros utilizados para analisar como está a situação financeira de uma empresa, isto é, os seus créditos e a capacidade monetária para cumprir com as suas obrigações.
É por esse significado, então, que dizemos que os indicadores de liquidez são essenciais para acompanhar a saúde financeira do negócio.
Nesse sentido, controlar a instituição requer que o gestor ou responsável possua boa percepção e capacidade de análise e, para isso, este colaborador deve estar atento aos indicadores de liquidez do estabelecimento.
Quando o fluxo de caixa de uma empresa é bem administrado, por exemplo, dizemos que esse negócio possui alto grau de liquidez.
Quais são os tipos de índices de liquidez e como calculá-los?
A administração contábil das empresas utiliza 4 tipos de indicadores de liquidez para se organizarem. Basicamente, a principal diferença entre esses quatro tipos é que cada indicador representa um modelo de prazo e capacidade de pagamento.
Vamos entender melhor mais detalhes de cada tipo?
1. Liquidez Corrente
Também conhecida como liquidez comum, a liquidez corrente (LC) é um indicador que apresenta a capacidade de uma empresa honrar seus compromissos no curto prazo (isto é, dentro dos próximos 12 meses).
Esse indicador é o que representa a saúde do caixa por compreender a maioria dos pagamentos do negócio e o seu cálculo é realizado a partir da divisão dos ativos circulantes da empresa pelo passivo circulante.
A fórmula para calcular o índice de liquidez corrente é a seguinte:
Como reforçamos no início deste artigo, os ativos circulantes da empresa são os de custo prazo e o passivo circulante está relacionado com os impostos, fornecedores, empréstimos, entre outros.
Por compreender a maioria dos pagamentos do negócio, é interessante que o resultado da fórmula para calcular a liquidez corrente seja superior a 1.
Dessa forma, o estabelecimento está ciente de que tem recursos para cumprir seus compromissos ao longo do ano — mas não se preocupe! Ainda neste artigo, vamos falar com mais detalhes sobre como interpretar cada um desses índices.
2. Liquidez Seca
A liquidez seca (LS) é similar à liquidez corrente, pois ambas dizem respeito às obrigações de curto prazo.
A grande diferença entre elas é que o estoque não é computado no cálculo como ativo circulante. Isso acontece porque nem sempre o estoque representa, de fato, um ativo que está diretamente atrelado ao patrimônio do negócio.
Nesse sentido, a liquidez seca informa o valor real da liquidez do ativo circulante, independente se um bem do estoque foi utilizado ou vendido. É por isso que o valor da liquidez seca sempre fica inferior ou igual ao da corrente.
A fórmula para calcular o índice de liquidez seca é:
3. Liquidez Imediata
Entre os quatro tipos de indicadores de liquidez, a liquidez imediata (LI) é o de natureza mais conservadora. Afinal, este indicador aponta os montantes que podem ser imediatamente formados em dinheiro para a empresa, como o caixa, as contas bancárias, investimentos a curto prazo, entre outros.
A liquidez imediata representa a capacidade da empresa de lidar com situações emergenciais financeiras, por estar relacionada com prazos curtíssimos (em até 90 dias).
Em outras palavras, possuir uma boa liquidez imediata significa que o seu negócio está preparado para conduzir imprevistos financeiros da melhor forma possível, sem precisar de linhas de crédito ou atrasar obrigações financeiras.
A fórmula para encontrar a liquidez imediata é:
4. Liquidez Geral
Por fim, a liquidez geral (LG) é aquela que está relacionada com todos os ativos da empresa, incluindo aqueles de longo prazo (acima de 1 ano).
A partir da aplicação contínua desse indicador, o gestor do negócio poderá definir se nos exercícios passados a empresa esteve diminuindo ou aumentando a sua liquidez — traçando,então, planos para financiamento de futuros projetos.
Por se tratar de um período acima de 12 meses, a liquidez geral não é muito utilizada no dia a dia das empresas. Nesse sentido, costuma ser mais viável atrelar a sua utilização aos outros indicadores de liquidez citados anteriormente.
O cálculo da liquidez geral abrange os ativos e passivos do negócio. Veja, então, a fórmula para calcular a liquidez geral:
Como interpretar os índices de liquidez?
Com base no que você já leu neste artigo, foi possível compreender que a aplicação da fórmula dos índices de liquidez é essencial para que os gestores de um negócio tomem as decisões corretas para o andamento e sucesso da empresa.
No entanto, é fundamental entender como esses resultados são interpretados para compreender, de fato, o significado de cada tipo de indicador.
Com o resultado das fórmulas, então, é possível tirar algumas algumas conclusões. Acompanhe a seguir:
- Resultado < 1: não há como quitar os compromissos da empresa no momento;
- Resultado = 1: os recursos são equivalentes ao valor dos pagamentos;
- Resultado > 1: a empresa tem um bom grau de liquidez.
A partir de resultados inferiores a 1, por exemplo, o gestor deve rever seu planejamento para quitar os seus compromissos futuros. Pode ser que o capital dessa empresa encontra-se direcionado para outras questões.
No geral, o ponto de partida da interpretação dos índices de liquidez é mensurar com clareza os grupos de ativos do balanço patrimonial.
Veja mais detalhes: O que é balanço patrimonial e como fazê-lo
Qual a relação entre índices de liquidez e investimentos?
Como citamos anteriormente, a liquidez é uma estratégia muito utilizada por empresas para manter o seu equilíbrio financeiro, mas o fato é que essa prática também está muito presente no segmento de investimentos.
Isso porque, ao entender os tipos de liquidez, é possível determinar a velocidade com que você poderá resgatar os seus rendimentos sem perder dinheiro. Em resumo, dizemos que a relação entre índice de liquidez e investimentos está relacionada com o impacto na rentabilidade e agilidade de administração das aplicações.
Portanto, estude sobre o assunto e atente-se ao prazo de resgate dos seus ativos de forma a não comprometer toda a liquidez da carteira.
Quais as vantagens e desvantagens dos índices de liquidez?
Ainda tem dúvidas sobre o assunto? Pensando nisso, separamos as principais vantagens e desvantagens dos índices de liquidez para que você possa avaliar de forma completa como aplicar essa estratégia no seu dia a dia e no da sua empresa.
Continue a leitura e acompanhe os tópicos abaixo!
Vantagens dos índices de liquidez
Basicamente, as principais vantagens encontradas nos indicadores são:
- Analisar o potencial de pagamento de uma determinada empresa a partir da interpretação de cada tipo de indicador. Como explicamos anteriormente, entendemos que o grau de solvência desse negócio deve ser maior do que 1;
- Utilizar os índices de liquidez para analisar o crédito de uma empresa;
- Analisar, de forma simples e eficiente, como está o equilíbrio financeiro e patrimonial de uma instituição;
- Auxiliar na gestão empresarial e no planejamento financeiro das instituições.
Nesse sentido, entendemos que os indicadores de liquidez apresentam vantagens importantíssimas para o desenvolvimento de qualquer empresa.
Desvantagens dos índices de liquidez
No mundo das finanças, nem tudo possui apenas pontos positivos e, por isso, é preciso atentar-se às desvantagens ao interpretar os índices de liquidez.
Considere, portanto, os seguintes fatores:
- Necessidade na qualificação e investimento da equipe para saber interpretar os tipos de forma correta;
- Ao utilizarem as informações de forma isolada, os gestores podem distorcer alguns detalhes e avaliações importantes para o negócio;
- Os gestores precisarão realizar, periodicamente, uma reciclagem.
Reforçamos que, assim como qualquer outro ponto do mercado financeiro e investimentos, é normal que existam pontos de desvantagens. Aqui, é importante estar atento(a) à toda administração do negócio e planejar as ações.
Otimizando os indicadores de liquidez
Agora que você já conhece os principais indicadores de liquidez de uma empresa e como interpretá-los, é fundamental entender como esse termo pode contribuir para melhorar a gestão financeira do seu negócio.
Veja como você pode otimizar os indicadores de liquidez na sua empresa:
Gerenciamento de fluxo de caixa
Assumimos o fluxo de caixa como um instrumento fundamental para o controle financeiro de uma empresa. Nele, são registrados todos os recebimentos, pagamentos e aqueles previstos para o futuro.
Como já falamos neste artigo, quando o fluxo de caixa de um negócio é bem administrado, dizemos que essa instituição possui alto grau de liquidez.
Portanto, não negligencie essa tarefa!
Leia mais em: Fluxo de caixa semanal
Redução de estoques excessivos
Na maioria dos casos, o excesso de estoque prejudica a liquidez da empresa e, por isso, é fundamental otimizar essa função a partir de uma redução de estoque bem elaborada.
Para resolver essa situação, avalie o que realmente é necessário para o seu negócio, assim como os níveis de serviço e a sua estratégia de estocagem. A partir desses dados, será possível traçar um plano assertivo para evitar estoques desnecessários, sem passar por problemas de faltas de produtos.
Melhoria nas políticas de crédito
Aqui, o principal objetivo é identificar todas as dificuldades financeiras e políticas de crédito que possam comprometer a liquidez do negócio.
Portanto, faça uma reavaliação dos recursos e, junto com o gestor financeiro responsável, encontre melhorias práticas no momento em que o crédito é concedido.
Negociação com fornecedores
A antecipação de recebíveis é um exemplo de negociação com fornecedores que pode aumentar a liquidez do seu caixa e, a partir disso, promover uma boa saúde financeira para a instituição.
Estude todas as etapas envolvidas nesse processo mercadológico e aplique com os seus fornecedores!
Quais as vantagens de fazer uma gestão contábil integrada ao ERP?
Contar com a tecnologia é uma excelente forma de estar atento(a) a toda a administração do seu negócio. O Planejamento de Recursos da Empresa (ERP), por exemplo, trata-se de um software que funciona em nuvem para melhorar a gestão de um negócio.
A partir do uso desse sistema, tudo fica simplificado: o ERP otimiza o trabalho do gestor e amplia a sua visão e controle de todos os recursos empregados na empresa, permitindo que o responsável possa, então, gerenciar o negócio da melhor forma possível.
A aplicação do Sistema Integrado de Gestão Empresarial varia de acordo com o porte da companhia e a sua área de atuação. Mas, no geral, a tecnologia traz benefícios para qualquer negócio.
Leia sobre: Como a tecnologia está revolucionando a contabilidade?
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