Você sabia que o IPCA é o índice nacional mais importante que temos? É ele quem decide se você vai gastar mais ou menos em tal produto ou serviço adquirido. Sabe o arroz, o combustível que aumenta o valor de uma hora pra outra? Então, esse índice é o grande responsável.
Sendo assim, ele é um importante medidor de inflação. E como sabemos a inflação tem um efeito de cadeia sobre toda a economia. Ela afeta o mercado e causa um aumento no custo de vida das pessoas.
Para você não receber esse impacto de forma tão negativa você tem que se planejar melhor financeiramente.
Além disso, entender o efeito das variações do IPCA pode ser a diferença para que você mantenha o seu padrão de vida sem ter que recorrer a mudanças drásticas.
Pronto para saber mais sobre o IPCA?
O que é IPCA?
IPCA é a sigla para (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) e é um dos indicadores mais importantes do país. Seu objetivo é obter, de modo geral, a medida da inflação. Para isso, ele mede os preços e custos de um conjunto de produtos e serviços comercializados no mercado.
Esse conjunto é conhecido como “cesta de mercadorias". Para medir o preço dessa cesta é levado em consideração apenas o consumo pessoal das famílias. É realizado entre o primeiro e último dia de cada mês.
Quem produz o IPCA?
Ele é produzido pelo SNIPC (Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor), uma estrutura do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) que utiliza indicadores financeiros para estabelecer a variação do preço pago pelos consumidores.
Esses indicadores são usados como meio de conduzir o desempenho da economia. Corrigindo preço de produtos, estabelecendo rentabilidade, etc. Além do IPCA os outros indexadores utilizados pelo sistema são:
- IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15)
- IPCA-E (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo Especial)
- INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor)
Veja mais: Conheça os principais tipos de inflação
Quais são as informações necessárias para o cálculo do índice?
Antes de realizarem os cálculos é necessário coletar diversas informações e dados para se chegar à medida ideal da inflação para o período. São exemplos dessas informações: as regiões que irão entrar na pesquisa, os preços e custos dos produtos selecionados e os dados referentes às despesas das famílias.
Veja as especificações desses dados:
População-objetivo
É necessário que uma população-objetivo seja definida. Uma vez que as famílias de renda baixa são as que mais sofrem proporcionalmente com as variações da inflação, um limite de renda foi estabelecido.
Veja o trecho:
“...a população-objetivo do IPCA abrange as famílias com rendimentos de 1 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, residentes nas áreas urbanas das regiões de abrangência do SNIPC...” (IPCA - Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo)
Já que não são todas as famílias selecionadas para a pesquisa, ela busca abranger ao menos 90% delas. Além de ter uma quantia estipulada de fonte de renda, esse cálculo não é realizado em todo o território brasileiro. Mas sim em regiões em que o SNIPC tem domínio.
As que ele abrange são as regiões metropolitanas de:
- Belém
- Belo Horizonte
- Curitiba
- Fortaleza
- Porto Alegre
- Recife
- Rio de Janeiro
- Salvador
- São Paulo
- Vitória
Além do Distrito Federal, nos municípios de:
- Aracaju
- Campo Grande
- Goiânia
- Rio Branco
- São Luís
Embora não seja realizado em todo o Brasil, a inflação calculada com base nessas regiões é válida para todo o país. A seguir temos alguns dos passos utilizados para se chegar ao cálculo do IPCA:
Estruturas Hierarquizadas
Os produtos que farão parte da cesta de mercadorias são definidos pelo POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares). Que irá considerar apenas os produtos essenciais presentes nos hábitos de consumo da população-objetivo.
Tendo definido esses produtos, eles são divididos em estruturas hierarquizadas. Que ajudam a organizar as categorias de consumo. A estrutura é feita da seguinte forma:
Os grupos avaliados para realizar o cálculo são divididos em nove, veja:
- Alimentação e Bebidas
- Habitação
- Artigos de Residência
- Vestuário
- Transportes
- Saúde e cuidados pessoais
- Despesas Pessoais
- Educação
- Comunicação
Organizar cada grupo acima com seus respectivos subgrupos, itens e subitens, é um meio de facilitar o cálculo dos preços de cada produto. E não se esqueça que eles são coletados mensalmente.
Para chegar ao valor final do IPCA é levado em conta a variação desses preços e o peso deles no orçamento das famílias. Esses valores são comparados com o do mês anterior. Assim, você tem a variação de preços do período em um único valor.
IPCA acumulado
O acumulado é uma variação de todos os IPCAs mensais realizados, geralmente no período de um ano. Segundo a tabela 7060 de IPCA, de fevereiro de 2023, a variação mensal acumulada em 12 meses foi de 5,60% no índice geral. O que mostra uma redução de 0,24% comparado ao mês anterior.
No gráfico compartilhado pelo IBGE nós podemos ver os resultados da pesquisa referente a cada grupo de bens e serviços. E o grupo que teve a maior variação mensal em fevereiro de 2023 foi o de educação com 6,8%. Provavelmente influenciado pelo começo das aulas e a demanda por materiais escolares.
Influências do IPCA
Na vida do Consumidor
Como vimos o IPCA age diretamente sobre os valores dos produtos e serviços. Além disso, serve de referência para os cálculos de reajustes do salário e das aposentadorias. Portanto, tem uma forte influência no poder de compra dos consumidores.
Se a inflação se eleva, o custo dos bens de consumo também sofre um aumento. Por consequência, há uma desvalorização da moeda. E o mesmo acontece com o seu salário, se de um ano para o outro, seu salário foi menor que o IPCA acumulado você perdeu poder de compra.
Agora se a inflação está baixa os preços se estabilizam e assim o poder de compra dos consumidores tende a melhorar. Em relação ao salário também, se você o recebeu acima do IPCA significa que seu poder de compra aumentou.
Portanto, fique atento ao IPCA. É ele quem decide a precificação dos seus produtos essenciais, logo, do seu poder aquisitivo.
Nos investimentos
Para os investidores, ficar atento aos valores do IPCA pode ser essencial, já que a rentabilidade de vários investimentos está ligada a ele. Se sua aplicação rende menos que o IPCA acumulado em determinado período significa que você está perdendo dinheiro para a inflação.
O Tesouro Direto tem várias opções de investimentos de renda fixa atrelados ao IPCA, com juros semestrais, fixados, pós fixados e se você acompanhar as notícias sobre a alta e baixa da inflação você consegue escolher a aplicação ideal para o seu perfil.
Na Selic
O Banco Central considera o IPCA como índice de inflação oficial em nosso país. Sendo assim, o Copom (Comitê de Política Monetária) o usa de referência para decidir a meta da taxa Selic, a taxa básica de juros que influencia todas as outras taxas do mercado financeiro.
A relação entre os dois é indireta. A Selic existe para tentar conter o aumento excessivo da inflação. Logo, ela aumenta para desestimular o consumo e desse modo, fazer a inflação medida pelo IPCA diminuir.
O que fazer para não ser afetado por ele?
Uma das causas da inflação é a lei da Oferta e da Demanda. Mais especificamente, quando a demanda é superior à oferta do mercado. A melhor maneira de se preparar para suas possíveis variações e os impactos que ela pode causar ao seu bolso, é ter um controle financeiro.
Se você monitora seus gastos e tem conhecimento do que entra e sai do seu caixa pessoal, fica mais fácil evitar despesas desnecessárias. E ao controlá-las sobra mais dinheiro para você poder investir, ter uma reserva de emergência, e lógico, se preparar para o futuro.
Conclusão
Vimos que o IPCA é o principal índice de inflação que temos. Isso porque ele é o responsável por refletir o custo de vida da maioria das famílias no país. Quando ele sofre um aumento, o custo de vida dos consumidores se torna mais caro e quando há uma redução ele tende a estabilizar.
Por isso, a inflação está sempre relacionada à perda do poder de compra do consumidor. Ela encarece os produtos básicos consumidos pela população e causa um descontrole nas finanças das famílias e na sua também.
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Variações na economia são normais, principalmente se formos olhar a história de um modo geral. Sempre haverá crises, impactos externos que fogem do seu comando e que irão afetar a sua vida direta ou indiretamente.
E em tempos de crises se sai melhor quem pensou no futuro, aquele que se preparou e tinha um plano. Você tem um plano? A pandemia veio aí e alertou muita gente, não só em relação à saúde, mas também para outras situações, como ter um dinheiro para emergências.
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