Já ouviu falar em ansiedade financeira? Você certamente já sentiu em algum momento na sua vida esse tipo de inquietude, certo? Muitas são as causas que podem nos trazer esses sentimentos de angústia e aflição. A preocupação excessiva com o seu financeiro e tudo o que o envolve é a principal causa desse mal.
Segundo o Informe Mundial de Saúde Mental realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) 970 milhões de pessoas ao redor do mundo sofrem com transtornos mentais. Desses transtornos, 31% estão relacionados com a ansiedade.
Ainda segundo a pesquisa, em 2020 foram estimados 3 825 casos a cada 100 mil pessoas. Embora esses casos tenham aumentado significativamente em decorrência da COVID-19, eles permanecem em evidência. O tratamento correto previne o desenvolvimento para transtornos mais agressivos, portanto merece atenção.
O que é ansiedade financeira?
Ansiedade financeira é um estado de preocupação excessiva com dinheiro e finanças pessoais. Ela vai além das dificuldades financeiras comuns e se torna tão intensa que afeta negativamente o bem-estar emocional e físico.
Alguns sintomas comuns, incluem:
- Preocupação constante com dívidas ou contas a pagar
- Medo de gastar dinheiro, mesmo em necessidades básicas
- Dificuldade para dormir pensando sobre dinheiro
- Ataques de pânico ou palpitações ao ver saldos bancários
- Evitar olhar extratos e contas por medo
Seu sentido é diferente de passar por dificuldades financeiras. Muitas pessoas enfrentam problemas como desemprego ou dívidas, mas conseguem lidar com isso de forma racional. Já a ansiedade financeira gera reações emocionais intensas e irracionais que afetam o dia-a-dia mesmo quando a situação financeira não é tão grave.
Portanto, ela vai além de simples preocupações práticas com dinheiro. Ela se torna um problema emocional e psicológico que precisa ser tratado para não comprometer a saúde e o bem-estar. Identificar essa condição é o primeiro passo para controlar os sintomas e se recuperar.
Por que as pessoas sofrem de ansiedade financeira?
Existem vários fatores que podem contribuir para o desenvolvimento da ansiedade financeira. Por exemplo, a perda repentina de uma fonte estável de renda, como em uma demissão, pode ser um grande gatilho. A incerteza sobre como pagar as contas e as dívidas sem essa renda regular gera grande estresse.
E o fato de não ter um orçamento, uma reserva de emergência, ou plano, também dificulta na hora de lidar com essas despesas inesperadas ou flutuações na renda. A combinação desses e outros fatores cria o cenário perfeito para que uma pessoa desenvolva sintomas de ansiedade relacionados às finanças. Identificar e enfrentar as causas fundamentais é essencial para aliviar esse tipo de aflição.
Como a ansiedade financeira afeta a saúde?
Caso não seja tratada como deve, pode causar sérios efeitos sobre a saúde física e mental. Entre elas a pessoa pode ter:
Aumento do estresse: Preocupações constantes com dinheiro podem elevar os níveis de cortisol e outros hormônios do estresse. Isso resulta em tensão muscular, dores de cabeça, insônia e exaustão.
Problemas cardiovasculares: A ansiedade prolongada está ligada a pressão alta, colesterol alto e maior risco de ataques cardíacos e derrames. O estresse crônico enrijece as artérias e danifica o coração.
Enfraquecimento do sistema imunológico: O estresse constante enfraquece o sistema imunológico, dificultando combater infecções. Desse modo, as pessoas ficam mais propensas a resfriados, gripes e outras doenças.
Ganho ou perda de peso: Algumas pessoas comem em excesso como uma forma de lidar com o estresse, resultando em ganho de peso. Outras perdem o apetite, levando à perda de peso. Ambos podem ser prejudiciais à saúde se forem extremos.
Portanto, é fundamental controlar a situação antes que ela cause danos significativos à saúde. Técnicas como meditação, exercícios de respiração e terapia podem ajudar a aliviar o estresse e proteger o bem-estar.
Como identificar se estou com ansiedade financeira?
Pode ser difícil de identificar, pois seus sintomas são muito parecidos com os da ansiedade generalizada. Como preocupação excessiva, insônia, falta de concentração, Irritabilidade e até depressão.
Aqui estão algumas maneiras de reconhecer quando se trata de suas finanças:
- Você sente uma sensação constante de preocupação e tensão em relação às finanças
- Você tem dificuldade para dormir ou relaxar por estar pensando demais em dinheiro
- Você sente um nó no estômago ou tensão muscular quando pensa em finanças
- Você evita olhar extratos bancários, contas e orçamentos
- Você adia tarefas financeiras importantes por medo ou apreensão.
- Você tem pensamentos catastróficos sobre o futuro financeiro ("vou falir", "perder tudo")
- Você sente falta de ar, suor, tremores quando lidando com dinheiro
- Você tem dificuldade de concentração devido às preocupações
Lembre-se que essa é uma condição tratável. Identificar e admitir o problema é o primeiro passo.
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5 dicas para controlar a ansiedade financeira
Existem algumas estratégias que podem ajudar a controlar e reduzir os sintomas, veja alguns deles:
- Respirar fundo e acalmar a mente: quando sentir a ansiedade surgindo, pare por um momento e foque em respirar profundamente pelo diafragma. Isso ajuda a acalmar o sistema nervoso. Tente fechar os olhos e se concentrar apenas na sua respiração.
- Praticar gratidão: pense em pelo menos 3 coisas na sua vida pelas quais você é grato. Isso ajuda a tirar o foco dos problemas e ter uma perspectiva mais positiva.
- Fazer exercícios físicos: atividades como caminhada, corrida, ioga e musculação liberam endorfinas que melhoram o humor e ajudam a aliviar o estresse. Tente exercitar pelo menos 30 minutos todos os dias.
- Dormir bem: ter um sono reparador melhora o humor, a clareza mental e o bem-estar geral. Tente dormir de 7 a 9 horas por noite.
- Evitar vícios: o consumo excessivo de álcool, café e outras substâncias pode piorar os sintomas. Procure consumir com moderação e focar em hábitos mais saudáveis.
Praticar essas estratégias diariamente pode ajudar muito a controlar e prevenir que ela domine a sua vida. Lembre-se também de buscar ajuda profissional se necessário.
Como organizar as finanças pessoais
Organizar as finanças pessoais é essencial para controlar a ansiedade financeira. Algumas dicas para começar a colocar as finanças em ordem incluem:
Fazer orçamento - Ter uma visão clara de todas as suas receitas e despesas. Anota tudo o que ganha e gasta por mês. Isso permite identificar onde está gastando demais e onde pode cortar.
Cortar gastos desnecessários - Revise seus gastos e identifique o que são supérfluos, como assinaturas e serviços que não usa, gastos com lazer e compras por impulso. Cortar esses gastos já ajuda a equilibrar o orçamento.
Poupar e investir - Com o orçamento equilibrado, destine uma porcentagem do seu rendimento para poupar e investir. Comece pequeno, o importante é criar o hábito de poupar. O ideal é juntar uma reserva de emergência equivalente a 3-6 meses de gastos.
Renegociar dívidas - Se tiver dívidas, busque opções de refinanciamento, consolidação ou renegociação para reduzir juros e valor das parcelas. Isso libera renda para poupar e investir.
Buscar orientação profissional - Se ainda assim tiver dificuldades em organizar as finanças, considere buscar a ajuda de um profissional, como consultor financeiro, para traçar um plano financeiro personalizado.
Ter as finanças sob controle é a base para reduzir esse stress financeiro. Faça um orçamento, gaste conscientemente, poupe e invista. Peça ajuda profissional se necessário. Com disciplina e organização, é possível equilibrar as contas e realizar seus objetivos.
Quando buscar ajuda profissional
Existem alguns casos em que é importante buscar ajuda profissional:
Ansiedade muito intensa e frequente: quando os sintomas são muito intensos e ocorrem com muita frequência, a ponto de prejudicar bastante sua qualidade de vida e funcionamento diário, é recomendado buscar ajuda especializada. Ficar ansioso o tempo todo não é normal.
Prejuízos significativos na vida pessoal e profissional: se a ansiedade financeira passa a afetar severamente suas relações pessoais, trabalho, estudos ou outras áreas importantes da sua vida, é um sinal para procurar um psicólogo ou psiquiatra.
Pensamentos suicidas: se em algum momento os pensamentos forem em direção ao suicídio devido às preocupações financeiras, procure ajuda de emergência imediatamente. Ligue para o CVV 188 ou vá até um pronto atendimento psiquiátrico mais próximo. O suicídio nunca é a solução.
Quando ela foge do controle e passa a prejudicar seriamente seu bem-estar e funcionamento, está na hora de buscar ajuda profissional para recuperar sua saúde mental. Não hesite em procurar um especialista.
Conclusão
A ansiedade financeira é um problema comum que afeta muitas pessoas, trazendo estresse e prejudicando a saúde e bem-estar. Identificar os sintomas, como preocupação excessiva, insônia, falta de concentração, entre outros, é o primeiro passo.
O fundamental é não enfrentar esse problema sozinho. Compartilhar com amigos, familiares e buscar apoio psicológico e financeiro trarão alívio e soluções reais. É possível, sim, retomar o controle das contas e da saúde mental.
Mantenha uma perspectiva positiva de que essa fase ruim é passageira e de que você possui os recursos para superá-la. Foque no presente, estabeleça metas viáveis, construa sua segurança emocional pouco a pouco. Você vai vencê-la e se tornar mais forte!
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