O Pix hoje está presente nas vendas online, no varejo físico, no pagamento de contas, nas doações, e até em transferências entre governo e cidadãos. Seu crescimento constante abriu espaço para novas formas de uso — como o Pix por aproximação, tema central deste artigo.
Lançado em 28 de fevereiro de 2025, o Pix por aproximação já é um sucesso. A nova funcionalidade conta com mais de 1 milhão de usuários ativos, conforme anunciado na coletiva de apresentação da Lista de Prioridades Regulatórias do Banco Central para 2025 e 2026.
Entenda como o Pix por aproximação funciona na prática!
Pix: evolução constante e novas funcionalidades
O Pix foi lançado oficialmente pelo Banco Central do Brasil em novembro de 2020, com a proposta de modernizar o sistema de pagamentos no país. A ideia era simples, mas revolucionária: permitir transferências instantâneas.
A proposta do Banco Central era democratizar os pagamentos eletrônicos e incentivar a digitalização da economia. Em pouco tempo, o Pix não só atingiu esse objetivo como ultrapassou as expectativas de adesão.
Desde que entrou em operação em 2020, o Pix transformou a forma como os brasileiros realizam pagamentos — e já superou o dinheiro em espécie como método mais utilizado no país.
Segundo a pesquisa “O brasileiro e sua relação com o dinheiro”, realizada pelo Banco Central, o Pix foi utilizado por 76,4% da população brasileira para realizar pagamentos em 2024. Além disso, 46,1% afirmam que o Pix é o meio de pagamento que utilizam com mais frequência no dia a dia.
Com o uso em constante crescimento, o Pix continua evoluindo e ganhando novas funcionalidades para tornar os pagamentos ainda mais práticos. Uma das inovações mais recentes é o Pix por aproximação, que surge justamente para facilitar ainda mais a experiência dos usuários.

O que é o Pix por Aproximação?
Essa nova modalidade permite que o usuário realize pagamentos apenas aproximando o celular do terminal de pagamento, sem a necessidade de escanear QR Codes ou digitar informações.
Para isso, a tecnologia utilizada é o NFC (Near Field Communication) — a mesma já usada em pagamentos por aproximação com cartões ou carteiras digitais.
Requisitos para o Uso do Pix por Aproximação
Para utilizar o Pix por aproximação no seu dia a dia, é necessário atender a três requisitos básicos:
- Celular com tecnologia NFC: o dispositivo precisa ter suporte à tecnologia Near Field Communication (NFC), que permite a comunicação por aproximação entre aparelhos.
- Carteira digital ou app bancário compatível: é preciso que o seu banco ou carteira digital ofereça suporte ao Pix por aproximação.
- Terminal de pagamento habilitado para NFC: o estabelecimento que vai receber o pagamento também deve ter um dispositivo compatível com NFC, como maquininhas modernas ou leitores de pagamento sem contato.
Como Funciona na Prática?
- O pagador aproxima o celular no dispositivo do recebedor, como uma maquininha de cartão compatível com NFC
- O sistema aciona automaticamente o aplicativo bancário ou carteira digital configurada para pagamentos via Pix
- O usuário confirma a transação com autenticação (biometria ou senha)
- A transferência ocorre instantaneamente, como em qualquer outra operação Pix

Diferença entre Pix por Aproximação e QR Code
O Pix por aproximação e o Pix via QR Code são duas maneiras diferentes de realizar pagamentos com a mesma tecnologia de transferência instantânea criada pelo Banco Central.
Ambas são seguras e eficientes, mas oferecem experiências distintas para quem paga e para quem recebe. Confira:
- Experiência do Usuário:
- QR Code: exige que o usuário abra o aplicativo bancário, selecione a opção “pix”, aponte a câmera para o código e autorize o pagamento.
- Por aproximação: basta desbloquear o celular e aproximá-lo do terminal de pagamento. O app bancário ou carteira digital abre automaticamente, pedindo apenas a autenticação do usuário.
- Tempo de Pagamento:
- QR Code: leva alguns segundos a mais, pois depende da leitura visual correta do código e da navegação manual no aplicativo.
- Por aproximação: a comunicação é instantânea via NFC - ideal para locais com alto fluxo de pessoas, como estações de ônibus, eventos e lojas movimentadas.
- Obstáculos Práticos:
- QR Code: pode ter problemas de leitura em ambientes com pouca luz ou códigos desgastados.
- Por aproximação: não depende de câmera ou iluminação. Basta o contato entre os dispositivos.
Limite de Pagamento do Pix por Aproximação
Atualmente, o Pix por aproximação conta com um limite padrão de R$500 por transação, estabelecido como medida de segurança para reduzir riscos em casos de perda, roubo ou uso indevido do aparelho.
Esse valor, no entanto, pode ser ajustado pelo próprio usuário no momento da vinculação da conta bancária ou carteira digital. Para quem prefere um limite mais baixo, seja por precaução ou para manter o controle dos gastos, a personalização pode ser feita diretamente no app da instituição financeira.
Além do valor por transação, também é possível definir um limite diário para pagamentos por aproximação, adicionando uma camada extra de proteção ao uso da funcionalidade.
Esses ajustes permitem que o Pix por aproximação seja usado de forma mais segura e alinhada aos hábitos financeiros de cada usuário.
Confira também: O que é Pix?
Segurança do Pix por Aproximação
Como toda transação financeira, a segurança é prioridade essencial no uso do Pix por aproximação. O Banco Central e as instituições financeiras implementaram diversas camadas de proteção para garantir que o sistema seja seguro e confiável para os usuários.
Camadas de Segurança no Pix por Aproximação:
- Autenticação obrigatória: para realizar uma transação por aproximação, o usuário precisa autenticar a operação, seja por meio de biometria, senha ou reconhecimento facial. Isso evita que terceiros possam usar o seu celular sem autorização.
- Criptografia de ponta a ponta: o sistema Pix por aproximação utiliza criptografia avançada, o que significa que seus dados pessoais e informações bancárias são protegidos em todas as etapas da transação.
- Monitoramento em tempo real: o Banco Central mantém um sistema de monitoramento contínuo das transações, o que permite detectar comportamentos suspeitos e evitar fraudes.
Cuidados Importantes:
- Mantenha o dispositivo sempre protegido: certifique-se de que o seu celular esteja bloqueado com senha, biometria ou outro método de segurança.
- Desative o NFC quando não estiver em uso: evite transações indesejadas quando você não estiver utilizando o Pix por aproximação.
- Fique atento às tentativas de ataques cibernéticos: não clique em links suspeitos ou forneça informações bancárias por meio de mensagens não solicitadas.
Veja também: Como proteger seu celular?
Vantagens do Pix por Aproximação
O Pix por aproximação oferece uma série de vantagens que tornam o processo de pagamento mais ágil e eficiente. Confira alguns dos principais benefícios:
- Velocidade: o pagamento é instantâneo e ocorre em segundos, sem a necessidade de digitar ou escanear QR Codes. Essa agilidade é especialmente útil em comércios movimentados, como supermercados, padarias e transportes públicos.
- Praticidade: não é necessário abrir o aplicativo bancário ou carteira digital — basta aproximar o celular do terminal de pagamento. Isso economiza tempo e torna o processo mais conveniente, principalmente quando você está com pressa.
- Segurança: a autenticação obrigatória, seja por biometria ou senha, oferece proteção, garantindo que apenas o titular da conta possa realizar transações.
Futuro do Pix
O Pix vem se consolidando como um dos meios de pagamento mais populares do Brasil e, ao que tudo indica, ainda há muito espaço para crescer e se transformar. O Banco Central já planeja novas funcionalidades no desenvolvimento do serviço, com recursos que prometem tornar o Pix ainda mais presente no cotidiano de consumidores e empresas.
A partir de 2025, novos recursos estão sendo implementados, ampliando as possibilidades de uso e fortalecendo o ecossistema de pagamentos instantâneos no país. Veja o que está por vir:
Pix Automático
- Lançamento em 16 de junho de 2025.
- Permitirá o pagamento automático de cobranças recorrentes, como contas de luz, telefone, mensalidades escolares, academias, assinaturas e outros serviços.
- O usuário autoriza uma única vez o envio de cobranças periódicas pelo estabelecimento, por meio do app do banco ou via QR Code.
- Após a autorização, os débitos são realizados automaticamente, sem necessidade de novas confirmações.
- A frequência dos pagamentos pode ser semanal, mensal, trimestral ou anual, conforme o acordo entre pagador e recebedor.
- O serviço será gratuito para o pagador; já os estabelecimentos poderão ser tarifados pela funcionalidade.
- Substitui e moderniza os tradicionais débitos automáticos, oferecendo mais praticidade e controle ao usuário.
Pix Parcelado
- Lançamento previsto para setembro de 2025.
- Permitirá o parcelamento de transações via Pix com financiamento direto no momento da compra.
- O recebedor recebe o valor total à vista, enquanto o pagador quita em parcelas.
- Funcionalidade voltada tanto para pessoas físicas quanto jurídicas.
- Deve facilitar compras de maior valor e ampliar o acesso ao crédito, especialmente para quem tem dificuldade com cartões.
Pix em Garantia
- Lançamento previsto para 2026.
- Empresas poderão usar valores a receber via Pix como garantia em operações de crédito.
- Visa reduzir o custo do crédito, principalmente para negócios que recebem grande volume de pagamentos via Pix.
- Projeto com maior complexidade técnica, por isso terá implementação mais longa.
Autoatendimento do Mecanismo Especial de Devolução (MED)
- Lançamento em 1º de outubro de 2025.
- Permitirá que usuários solicitem devoluções por fraude diretamente no aplicativo do banco.
- Elimina a necessidade de contato com atendimento humano (presencial ou remoto).
- Mais agilidade, segurança e autonomia para o usuário lidar com situações de golpe.
- Torna o processo de contestação mais rápido, aumentando as chances de que o valor transferido indevidamente seja bloqueado antes de ser movimentado.
Conclusão
A chegada do Pix por aproximação representa mais do que uma nova funcionalidade. Ela é um indicativo de como a experiência do usuário se tornou o foco central na evolução dos meios de pagamento no Brasil.
Mais do que uma simples melhoria na conveniência, o Pix por aproximação representa uma transformação na forma como lidamos com o dinheiro no dia a dia. Avançamos para um sistema financeiro cada vez mais integrado, em que agilidade, segurança e facilidade não são diferenciais, mas exigências básicas.
Nesse cenário, o Pix deixa de ser apenas uma ferramenta de pagamento e se consolida como uma base tecnológica fundamental para a modernização da economia brasileira.

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