Na era digital, a geração Z, nascidos entre a segunda metade da década de 1990 e o ano de 2010, crescem inseridos em um ambiente completamente digital e caracterizado pela exposição intensa às tecnologias de comunicação e informação, estímulos a conteúdos totalmente diversos das gerações anteriores.
A quantidade de publicidade que consomem diariamente, ativa a necessidade de ter, sem precisar. Se você não tomar cuidado e não souber como proteger seu filho desse fluxo contínuo de incentivo ao consumo, as chances dele se tornar um adulto com problemas financeiros ou má administração de suas despesas e receitas é considerável.
Segundo Mapa da Inadimplência e Negociação de Dívidas no Brasil, referente a agosto de 2023, realizado pelo Serasa, o valor total de dívidas no Brasil é superior a R$300 bilhões, abrangendo 43,88% da população. E sabemos que as principais causas são: a instabilidade econômica e a ausência de um controle financeiro.
Nesse contexto, quanto antes introduzir a educação financeira aos seus filhos, maior será a probabilidade deles crescerem como adultos conscientes e capazes de tomar as melhores decisões em relação ao dinheiro. A seguir mostramos o que é a educação financeira e como inseri-la de forma gradativa no dia a dia de seus filhos.
O que é educação financeira?
Educação financeira é o conhecimento buscado para lidar de forma consciente com os recursos financeiros de um indivíduo. Envolve tomar as melhores decisões em relação aos seus recursos, como direcioná-los de forma inteligente, seja investindo, evitando despesas desnecessárias e gastos supérfluos.
Agora que vimos o conceito geral vamos saber sua importância para os pequenos.
Importância da educação financeira para crianças
A educação financeira permite que as crianças desenvolvam uma maior noção de dinheiro e consequentemente as tornem adultos mais conscientes. As influências que esse conhecimento pode trazer em suas vidas, quando atingirem a vida adulta, são:
- Desenvolvimento do senso de responsabilidade
- Percepção de gastos
- Percepção do valor (caro e barato)
- Evitar desperdícios
- Reconhecimento e valor do trabalho
5 dicas para tornar as crianças consumidores conscientes
Seguindo com base nas informações anteriores é possível utilizar algumas dicas como guia ao educar financeiramente os seus filhos. São passos básicos que podem ajudar a ter um plano de ação eficaz. Vamos a eles:
1- Mesada ou semanada educativa
A mesada ou “semanada” pode ser estipulada conforme o seu orçamento e a idade da criança. Ela ajuda a criança a desenvolver o equilíbrio financeiro, ao administrar seu próprio dinheiro. É importante que ela aprenda a dividir os recursos que ela está recebendo, metade deve ser guardada e a outra metade ela pode usar da maneira que desejar.
Classificando:
- Semanada - dinheiro entregue semanalmente, indicado para crianças entre 6 e 10 anos. Nessa faixa etária eles não têm a percepção de tempo que temos, então, recomenda-se que o período entre um pagamento e outro não seja muito longo.
- Mesada - dada mensalmente, a partir dos 11 anos.
Alguns especialistas costumam sugerir os valores a serem dados tanto na mesada quanto na semanada conforme a faixa etária.
São eles:
- A partir de 5 anos - utilizar moedas, o porquinho e não ultrapassar R$2,00 reais por semana
- De 6 aos 10 anos - multiplicar a idade por R$1,00, assim uma criança de 6 anos ganharia R$6,00 por semana, uma de 7 anos R$7,00 reais e assim por diante.
- A partir dos 11 anos - multiplicar por R$3,00 semanalmente e ceder tudo ao final de um mês.
Até completar 17 anos a mesada irá aumentar, então é importante que os pais estimulem e incentivem a criação de uma reserva, de pelo menos 30% do valor recebido mensalmente. E se ele estiver se saindo bem, seria uma boa aumentar o valor para que ele invista em seu futuro.
Lembrando que os valores acima são apenas sugestões, os pais podem estipular o valor segundo os seus rendimentos, e procurar aumentá-lo de forma gradual conforme a idade do filho vá passando.
2- Criar planos de curto, médio e longo prazo
Para melhor ajudar seu filho nesse processo, o ensine a classificar seus sonhos, elaborando-os como metas, assim é possível direcionar o quanto de dinheiro e o tempo necessário para ele realizar cada um deles.
Ensine a ela o valor do dinheiro e o que ele representa, quando ele pode ser usado para casos urgentes ou quando ele é essencial. Use cofrinhos de diferentes tamanhos para representar cada sonho e especificar cada um dependendo do objetivo:
Colocando dessa maneira, você torna mais divertido e visual, assim ela saber identificar a finalidade de cada um deles, e quanto ela tem que colocar em cada.
3- Determine limites
Falar não ao seu filho demonstra que tudo tem um limite, se ele já ganha a mesada, já sabe que é importante dividir esse dinheiro, metade deve ser poupado e a outra metade ele administra conforme as suas vontades, mas deixe claro que se ele gastar tudo você não irá repor.
Assim, se ele lhe pedir algo que não está no seu orçamento e que ele poderia comprar com a própria mesada, o indicado é dizer: não, e explicar o porquê. Isso o levará a refletir sobre poupar e como isso é importante para o futuro.
4- Poupar ou investir
Como dito acima, poupar é extremamente importante para que o dinheiro ganhado não seja gasto desenfreadamente e que depois essa quantia possa fazer falta mais a frente. Juntamente com o ato de poupar, ensine o seu filho sobre investir, a diferença que os juros compostos podem significar no montante que ele está poupando.
Você pode aplicar na prática pedindo que ele te empreste uma quantia e que depois ao devolver você pagará juros pelo empréstimo. Isso vai mostrar o quanto os juros são vantajosos quando você é o credor, e que os bancos lucram exatamente com isso, oferecendo empréstimos.
5- Controle financeiro
O controle financeiro é a ferramenta ideal para ajudar seus usuários a classificar e pôr em categorias aquilo que eles gastam. Com a ajuda do controle, seu filho pode ver de maneira clara o que ele recebe e onde os gastos dele se concentram mais.
Sabendo onde é mais necessário economizar, fica mais fácil a tomada de decisão e o planejamento para evitar que se repita caso seja um gasto desnecessário. Toda ajuda é bem-vinda quando o processo é aprender.
Conclusão
Dizer não e saber impor limites não é ser um pai ou uma mãe ruim. Sabemos que na vida não temos tudo o que queremos e saber separar a necessidade do querer é fundamental na vida financeira, isso se você deseja a independência e não viver estressado com contas e mais contas atrasadas.
Então, passar uma educação financeira aos seus filhos para que eles saibam lidar com o dinheiro sem que ele se torne um motivo constante de preocupação na vida deles, é fundamental. Junte isso a um bom gestor de finanças e o financeiro fica mais fácil de conduzir.
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