Guia definitivo: como utilizar o 13º salário de forma estratégica

O 13º salário pode ser um grande aliado das suas finanças. Veja como usá-lo para quitar dívidas, criar reserva, antecipar despesas e investir com segurança.

Redator(a) Luana Armando Por Luana Armando
Hoje
8 minutos de leitura
Como utilizar o 13º salário de maneira estratégica

Receber o 13º salário é um momento aguardado por milhões de brasileiros e, ao mesmo tempo, um dos fatores que mais movimentam a economia no fim do ano. Segundo o Dieese, o benefício colocou cerca de R$321,4 bilhões na economia brasileira em 2024.

Para as famílias, esse valor representa muito mais do que um simples reforço no orçamento. Ele pode ser o alívio necessário para pagar dívidas, a chance de planejar despesas do início do ano ou até a oportunidade de investir em algo que contribua para o futuro.

No entanto, também é comum ver esse recurso desaparecer rapidamente, principalmente quando não há organização financeira. Compras impulsivas, gastos em excesso com festas de fim de ano e a falta de planejamento acabam transformando o que poderia ser um impulso positivo em mais endividamento.

Por isso, o grande diferencial não está apenas em receber o benefício, mas sim em como utilizar o 13º salário de maneira estratégica, garantindo que ele se torne um aliado no fortalecimento das suas finanças e não apenas uma renda passageira.

Continue a leitura e entenda como utilizar o 13º salário de maneira inteligente e estratégica!

O que é 13º salário?

Instituído pela Lei nº 4.090/1962, o 13º salário é um direito garantido a trabalhadores formais no Brasil, reconhecido como uma gratificação natalina. Ele equivale a um salário extra, pago em até duas parcelas, e funciona como um reforço no orçamento familiar.

Além de movimentar a economia nacional, esse valor pode ser decisivo para o equilíbrio das finanças pessoais, principalmente em períodos de aumento de gastos, como o fim do ano.

Quem tem direito de receber?

O direito ao 13º salário é garantido a:

  • trabalhadores com carteira assinada
  • servidores públicos
  • aposentados ou pensionistas do INSS
  • trabalhadoras em licença-maternidade
  • colaboradores afastados por acidente de trabalho
  • profissionais temporários

O valor é proporcional ao tempo trabalhado durante o ano. Quem ficou apenas alguns meses no emprego, por exemplo, recebe de forma proporcional ao período em que esteve contratado.

Esse detalhe é importante para não criar expectativas além da realidade: se você trabalhou apenas metade do ano, o benefício também corresponderá a essa fração.

E quem não tem direito?

Não tem direito ao 13º salário:

  • pessoa jurídica
  • estagiários
  • empregados demitidos com justa causa

Como calcular o 13º salário?

O cálculo do 13º salário leva em consideração a remuneração do trabalhador e o tempo de serviço durante o ano. De forma simplificada, funciona assim:

  • Quem trabalhou o ano inteiro na empresa recebe o valor integral equivalente a um salário bruto.
  • Quem trabalhou menos de 12 meses no ano recebe de forma proporcional, considerando 1/12 da remuneração para cada mês trabalhado (desde que tenha trabalhado, no mínimo, 15 dias no mês).

Fórmula do cálculo

Fórmula do cálculo 13º salário

Exemplo prático:

  • Salário bruto: R$ 3.000,00
  • Meses trabalhados: 8
  • Aplicando a fórmula: 13º salário = (salário bruto ÷ 12) X meses trabalhados
  • Cálculo: (3.000 ÷ 12) × 8 = R$ 2.000,00

Nesse caso, o trabalhador terá direito a um 13º proporcional de R$2.000,00.

Quando é pago?

O 13º salário pode ser dividido em até duas parcelas, à critério do empregador. Além disso, a legislação determina dois prazos principais:

  • Primeira parcela: deve ser paga entre fevereiro e 30 de novembro. Muitos empregadores optam por pagar metade do valor até novembro.
  • Segunda parcela: deve ser quitada até 20 de dezembro, garantindo que o trabalhador receba o benefício ainda antes das festas de fim de ano.

Também existe a possibilidade de o empregador pagar o 13º em parcela única, desde que respeite os prazos legais.

Descontos no 13º salário

O 13º salário sofre descontos obrigatórios de INSS e, quando aplicável, de Imposto de Renda.

  • Quando pago em duas parcelas: a primeira é líquida, sem descontos; a segunda vem com os descontos.
  • Quando pago em parcela única: os descontos são aplicados de imediato sobre o valor integral.

Por que planejar o uso do 13º salário?

Embora seja tentador gastar esse dinheiro de forma imediata, planejar seu uso é essencial. O 13º pode ser a chave para:

  • Evitar dívidas ou juros desnecessários
  • Garantir maior tranquilidade no início do próximo ano
  • Construir reservas para emergências
  • Aproveitar oportunidades de investimento

Sem um planejamento financeiro claro, o valor tende a se esgotar em poucas semanas, sem trazer benefícios duradouros.

Estratégias para utilizar o 13º de forma inteligente

Existem várias formas de direcionar esse valor de forma estratégica. Veja as principais:

  • Quitar dívidas
    Se você possui pendências, priorize pagar dívidas com juros altos, como cartão de crédito ou cheque especial. Isso alivia o orçamento e devolve o controle sobre as finanças.
  • Formar ou reforçar a reserva de emergência
    Ter um fundo para imprevistos é fundamental. O 13º pode ser a oportunidade de iniciar ou reforçar essa reserva.
  • Antecipar despesas do início do ano
    IPTU, IPVA, material escolar e seguros geralmente pesam no começo do ano. Destinar parte do 13º para essas contas evita surpresas no orçamento.
  • Investir no futuro
    Se sua vida financeira está equilibrada, considere aplicar o valor em investimentos de acordo com seu perfil. Pode ser Tesouro Direto, CDBs, fundos ou até previdência privada.
  • Usar uma parte para lazer consciente
    Reservar uma parcela para lazer é saudável. O segredo está em definir limites para não ultrapassar o orçamento e comprometer sua saúde financeira.

Como equilibrar prioridades financeiras?

Uma estratégia prática é dividir o 13º em percentuais. Por exemplo:

  • 50% para quitar dívidas ou antecipar contas
  • 30% para lazer ou consumo pessoal
  • 20% para reserva ou investimentos

Essa divisão pode ser ajustada de acordo com sua realidade. O essencial é encontrar um equilíbrio entre necessidades imediatas e objetivos de longo prazo.

Principais erros ao usar o 13º salário

Alguns comportamentos comprometem o bom uso desse recurso:

  • Gastar todo o valor em consumo imediato: liquidações e festas podem consumir tudo rapidamente.
  • Ignorar despesas fixas de janeiro: começar o ano sem preparo gera novos endividamentos.
  • Não reduzir dívidas caras: deixar de usar o 13º para quitar dívidas com juros altos é desperdiçar uma chance valiosa.
  • Não reservar nada para o futuro: gastar 100% hoje compromete seu amanhã.

Esses erros podem gerar um efeito contrário ao esperado, aumentando a pressão financeira nos meses seguintes.

Como o Contas Online te ajuda a planejar o uso do 13º salário?

Para utilizar o 13º de forma estratégica, é fundamental ter clareza sobre suas finanças. O Contas Online oferece recursos que facilitam esse processo:

  • Lançamentos automáticos para organizar receitas e despesas
  • Relatórios financeiros detalhados que mostram onde está o peso maior do orçamento
  • Projeção de despesas futuras, permitindo planejar IPTU, IPVA e outros compromissos
  • Acompanhamento do saldo real, evitando surpresas no fim do mês

Com essas ferramentas, você transforma o 13º em uma oportunidade real de organizar as contas, quitar pendências e investir com segurança.

Conclusão

O 13º salário pode ser muito mais do que um alívio momentâneo. Ele é uma oportunidade para reforçar o controle financeiro, reduzir dívidas e investir no futuro. Ao planejar bem, você transforma esse benefício em um aliado na construção de uma vida financeira saudável.

Conheça o Contas Online e descubra como ele pode ajudar você a organizar suas finanças e aproveitar o 13º da melhor maneira possível.

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